A arte do body piercing já existe há mais de 5000 anos. Ela tem vindo a ser usada como expressão pessoal, ritual espiritual, distinção de realeza e, mais recentemente, como moda.
Em termos estéticos ajuda a pessoa a afirmar a sua personalidade e a inseri-la num grupo.O piercing é uma eleição alternativa, diferente e original. Colocar pequenas argolas, bolas de aço, ou outras jóias em diversas partes do corpo, como expressão de uma moda/estética, uma cultura alternativa e uma forma de viver, é um costume imparável que se estende por um ocidente que assegura viver uma nova cultura permissiva com o corpo.
Tudo começou nas primeiras tribos e clãs das mais antigas raças humanas. Nas tribos da América do sul, África, Indonésia, nas castas religiosas da Índia, nos faraós do Egipto e nos soldados de Roma. Depois, espalhou-se pela classe média e aristocracia do século XVIII e XIX, mas foi esquecida na Europa no princípio do século XX. Em 1970 cresceu novamente nas mãos dos "gurus" da moda de Londres e artistas do "underground". Em 1990, finalmente atingiu a atenção de todo o planeta fechando o elo entre o primitivo e o moderno.
Existe uma longa história sobre o body piercing em rituais de passagens e em significados diversos.
Significados dos Piercings em diferentes partes do corpo e do mundo:
Lóbulo da orelha - Este é de longe o piercing mais comum na história. Antigamente distinguia uma pessoa rica de uma pobre. Os marinheiros colocavam piercings acreditando que estes lhes davam melhor visão. Os Romanos associavam o piercing na orelha à riqueza e à luxúria. As tribos Sul-Americanas e Africanas faziam piercings e alargavam o furo...quanto maior o furo, maior era o seu status social.
Nariz - O nostril (aba do nariz) originou-se no oriente médio há 4000 anos. Espalhou-se para a Índia no século XVI, quando foi rapidamente adoptado pelas castas nobres. Cada tipo de jóias distinguia a casta e a posição social. Este piercing foi introduzido no oeste pela cultura “hippie” que viajou pela Índia nos anos 60 e 70, e foi também adoptado rapidamente pelos "Punks", e outras culturas jovens dos anos 80 e 90.
Língua - Nos templos Astecas e Maias, os sacerdotes faziam piercings na língua como parte de um ritual de comunicação com os deuses.
Lábios - A boca e os lábios são partes sensuais do corpo e poderosos afrodisíacos. Era, então, natural que as castas mais altas dos Astecas e Maias adornassem os seus lábios com labutes de puro ouro. Em África, as mulheres da tribo Makolo usam pratos chamados "Pelele" nos seus lábios superiores, para atrair os homens da sua tribo. Tribos indígenas da América Central e do Sul, incluindo os índios brasileiros, fazem piercings nos lábios inferiores e alargam os furos para colocar pratos de madeira.
Mamilos – O piercing no mamilo era considerado símbolo de força e virilidade. Os nativos da América Central faziam piercings nos mamilos como marca de transição da masculinidade. Em 1890 houve uma "coqueluche" de mulheres Vitorianas que faziam piercings nos seus mamilos com jóias vendidas por famosos joalheiros de Paris.
Umbigo - As primeiras aparições de piercings no umbigo vêm do Antigo Egipto onde apenas aos faraós e as famílias reais se permitiam fazer esse tipo de piercings. Hoje, é o piercing mais realizado em todo mundo.